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A partir desta sexta, 244 profissionais formados no exterior vêm ao país.

Cubanos contratados por convênio não vêm nesta leva.

Luna D'AlamaDo G1, em São Paulo
Médicos estrangeiros chegam em Porto Alegre (Foto: Luiza Carneiro/G1)Médicos estrangeiros chegam em Porto Alegre
(Foto: Luiza Carneiro/G1)
Começaram a chegar ao país os primeiros estrangeiros do programa Mais Médicos na tarde desta sexta-feira (23). Um grupo de cinco profissionais vindos da Argentina chegou ao Aeroporto de Guarulhos (SP) às 14h50. Entre eles há argentinos e médicos brasileiros que atuam naquele país.
Um dos profissionais, identificado como Germán, disse ao G1 que veio de Córdoba e resolveu trabalhar no Brasil porque tem um filho com uma brasileira, de quem quer estar mais próximo. Ele afirmou que irá para Praia Grande, no litoral paulista, para receber treinamento nos próximos dias.
A argentina Natalia Allocco, de 26 anos, abandonou a residência em medicina da família para vir para o Brasil. A mãe é brasileira e ela tem família no país. Ela afirma que veio para “fazer o bem”. “Sempre quis vir para o Brasil e achei essa oportunidade boa porque não precisa de Revalida (prova para revalidar o diploma de médico no Brasil) e assim é mais fácil. Desde o primeiro ano de universidade tenho contato com pessoas carentes, e eu quero fazer aqui o que eu já fazia lá.”
Christian Uzuelli é brasileiro e tem 32 anos. Formou-se na Universidade Federal de La Plata, na Argentina, e vai trabalhar em Itaquaquecetuba. Diz que a parte financeira não foi prioridade. “Minha família e minha namorada moram aqui, e isso pesou muito na escolha.”
Ela diz que viu na Argentina situações mais precárias do que aqui no Brasil. "Fiquei um ano em um centro de saúde pública de La Plata. O lugar tinha ruas de barro, não tinha esgoto, tinha muita carência. Vi situações piores do que vi aqui. Acho que não vou ter nenhum problema por vir pra cá, porque os objetivos são os mesmos”, comentou.
Em Porto Alegre, quatro profissionais desembarcaram no Aeroporto Salgado Filho, sendo dois argentinos e dois brasileiros que estudaram na Argentina. A expectativa é que cheguem 10 médicos nesta sexta à capital gaúcha.  Já no Rio de Janeiro, um voo chegou pelo trajeto Moscou-Lisboa-Rio, trazendo 11 médicos portugueses e dois russos.
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Onde chegam os médicos formados no exterior para o módulo de avaliação
Brasília
23
Fortaleza
18
Rio de Janeiro
68
São Paulo
47
Porto Alegre
40
Recife
19
Salvador
13
Belo Horizonte
16
Total
244
 Ao todo, devem chegar ao Brasil, nesta primeira leva, nos próximos dias, 244 profissionais formados no exterior, sendo 99 de nacionalidade brasileira e 145 estrangeiros. O ministério da Saúde marcou eventos de recepção dos profissionais em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Porto Alegre a partir das 14h.
Segundo o ministério, por enquanto chegam apenas os profissionais de diversas nacionalidades selecionados na primeira rodada de contratação do programa. Os cubanos contratados num convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) ainda não têm data confirmada de chegada.
Em Brasília, a recepção no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek foi liderada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A partir da próxima semana os médicos estrangeiros começam um período de três semanas de acolhimento e avaliação, em que terão orientações sobre doenças comuns no país, aspectos éticos e orientações sobre o funcionamento do SUS.
Esse módulo terá 120 horas com aulas expositivas, oficinas e simulações de consultas. Também haverá aulas de língua portuguesa  e avaliações para testar a comunicação dos médicos. Depois de avaliados, os médicos receberão um registro profissional provisório, restrito à atenção básica e às regiões onde serão alocados pelo programa.
No primeiro mês de seleção, 10.96 profissionais com diplomas do Brasil e 244 formados no exterior, confirmaram sua participação no programa federal. Eles estão distribuídos em 516 municípios e 15 distritos sonitários indígenas. Ao todo, 3.511 cidades solicitaram 15450 médicos.
Convênio
Nesta quarta-feira, o ministro Alexandre Padilha anunciou o convênio com a Opas para trazer 4 mil médicos cubanos para atuarem no Brasil até o final do ano. Pelo acordo, o governo brasileiro pagará R$10 mil à Opas e a organização repassará esse dinheiro para o governo cubano. O Ministério da Saúde não sabe informar o valor exato que Cuba vai pagar aos participantes.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (23), o Conselho Federal de Medicina (CFM) voltou a criticar as condições de trabalho a que os profissionais cubanos serão submetidos no Brasil. “Tais regras ferem a legislação brasileira e não podemos concordar com tratamento desumano em nosso país”, afirmou o presidente do CFM, Roberto d’Avila, em comunicado divulgado para a imprensa.
Na opinião do conselho, médicos cubanos que participam de convênios como o que foi firmado no Brasil "vivem sem direito a liberdades individuais, em regime análogo ao de semi-escravidão".

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